sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

tudo se "áute-sórça"! (ou, outsourcing para tudo)

Se o emprego "para toda a vida" está em vias de extinção, a própria contratação a prazo também já não é o que era… O vínculo profissional é algo que se está a tornar, no mínimo... complicado! O que era até há pouco tempo um tipo de contratação comum em trabalhos sazonais ou de período de tempo definido (obras de construção civil, etc.) - a sub-empreitada - está a tornar-se o standard (pelo menos) para as empresas de tecnologias de informação, onde programadores e outros especialistas são contractados "à jorna", ou em termos modernos, "por projectos". Se antes, a pergunta "onde trabalhas" e "quem é o teu empregador", eram perguntas coincidentes... hoje, essa coincidência é cada vez mais rara... Hoje, és "consultor" (trolha) de uma empresa de "outsourcing" (sub-empreiteiro) que te destaca para um qualquer lugar (onde até foste contratado propositadamente para ele). Nas "grandes empresas", a proporção entre "outsourcing" e empregados efectivos é cada vez menor... ...As empresas (aparentemente) só têm a ganhar com isto: - Deixam de ter problemas em encontrar os candidatos ideais, que chegam já "filtrados"... - A empresa não precisa de alargar o acesso a recursos, direitos e privilégios que vigoram agora nos estatutos da empresa a esta massa laboral que lá trabalha; - Nunca terá problemas de falta/atraso de pagamento de ordenados, negociação de regalias, etc... "lavam as mãos" de qualquer confusão contractual com o empregado; - Quando já não precisar deles, dispensa-os sem qualquer problema nem pena; - Pressupondo sempre contractos a 1 ano: Primeiro és "a termo" na "de outsourcing". ao fim de 3 anos, sais da "de outsourcing" e és contratado pela empresa onde efectivamente estivestes a trabalhar no último triénio. Se for esse o caso ficas "a termo" por mais 3 anos. Será que no fim deste tempo ficarás efectivo? Na prática, deu-se a volta à lei e, para se efectivar numa empresa, o "tempo" para que isso aconteça, duplica...

...Para quem efectivamente trabalha, há alguma vantagem? Não vejo assim tanta... Trabalhamos numa empresa mas não pertencemos a ela... não temos nenhum dos direitos adquiridos desta, mas as obrigações são as mesmas... os superiores descartam-se das obrigações, só se preocupam com trabalho... e

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