segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Como levar a sua cara-metade a gostar tanto (ou quase) de LEGO como nós!

Numa das muitas discussões no fórum da PLUG http://www.plug.pt/forum/index.php?topic=2205.0, foi-me feita a pergunta "...tens de me explicar como conseguíste (convencer a cara-metade) para fazer cá em casa, porque para a minha mulher os ciumes que tem é do Lego"
Assim, e logo na altura, escrevi um esboço do que é que foi esta "epopeia" de trazer o meu amorzinho para o mundo LEGO...
Foi uma caminhada longa e metódica... mas teve os seus resultados! Vou então passar a apresentar a fórmula "secreta", agora em versão mais completa que a apresentada originalmente no fórum:
Capítulo 1- Primeiro contacto com LEGO
Já desde o princípio, mu
Capítulo 2 - "Isto não é um mundo só de homens..."
Levá-la a ver as coisas que fazes, mostra as coisas que lhe apelam, feitas em LEGO (no caso da Aninhas, tudo o que é coisas fofinhas, bonitas ou, no caso dela, coisas científicas...) Queres exemplos? O que custa é compreender o que é que a nossa cara-metade gosta, porque normalmente, é precisamente TUDO o que não nos emociona pessoalmente depois mostra-lhe peças e/ou coisinhas fofas, tal como os gatinhos de LEGO 6175px1, 6251px1, x485.
Capítulo 3 - A experiência do toque...
Deixa-a pegar e apreciar as pecinhas! Mostra como é fácil juntar dois bricks, duas plates, etc... deixa-a contagiar-se pelo teu gosto! Um passo importante é: oferece-lhe um Leguito! Mas resiste à tentação de o montar tu mesmo ou de lhe dar algo que ela não goste particularmente! Eu ofereci-lhe uma motozita 7235, mas recomendo uma coisa tipo 5612 (oohh o cãozinho tão fofinhooo!)
Capítulo 4 - Algo especial para os dois
Algo muito importante que fiz (não por causa de LEGO, mas para dar uma prenda que é muito especial, muito dedicada e muuito personalizada) foi oferecer-lhe uma prenda muito simples: uma baseplate e uma data de plates 1x1...e dar-lhe as instruções... Enquanto ela montava sem perceber o nexo das coisas, eu contive a vontade de dizer o que realmente era... Mas com instruções simples como "3 a contar da esquerda, dois a contar de cima..." ou "dois abaixo do vermelho" (tipo Batalha Naval) ficou rapidamente feito! O resultado está aqui:
Capítulo 5 - Montagem partilhada
Além de lhe oferecer LEGO para ela montar, não esquecer de partilhar a construção das caixas grandes, com a bela vantagem das partes separadas e numeradas: "tu fazes o 1 e o 3, eu faço o 2 e o 4!" Recomendação: começa por dar aqueles que são mais apelativos, e faz tu próprio a parte "mais seca" de montar em baseplates ou coisas demasiado repetitivas... Exemplo: estivémos a construir o Porto 7994, e o primeiro saco era o camiãozito... quem é que acham que construiu esse?
Capítulo 6 - Apresentação à "tribo"!
Outra coisa que ajudou muito foi: Levá-la aos PLUGFest! Mostrar-lhe o grupo de porreiraços que nós somos, mostrar-lhe os detalhes deliciosos que nós adoramos, deixá-la ver os leguitos de cada um, deixá-la carregar nos botões e abrir os alçapões, etc etc... Ao ver tudo o que existe, que se pode fazer com as nossas "pecitas sagradas" E não esquecer de dar sempre um Leguito para ela montar em cada exposição!
Capítulo 7 - Recomendações finais
7.1 - Coisas a ter sempre em conta:
- Elogiar o trabalho realizado:
- Ajudar: dizer como em vez de "dá cá faço eu"...
7.2 - Coisas a evitar:
- NUNCA a proibir de entrar na nossa própria Legoficina. Deixá-la à vontade para abrir as gavetas, apreciar a sua ajuda a arrumar peças... (ainda por cima dá jeito :D)
- Não gozar com os erros de construção... É normal quem só agora começa que não tenha a "destreza" que nós, "expertos" (peritos), já refinámos durante anos!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Estreia de Teatro - "Nas Margens do Rio Tejo"

Mais um espectáculo que se estreia, com a participação de todas as secções do Círculo Cultural Scalabitano, e algumas outras colectividades convidadas.
Lê-se no cartaz:
Espectáculo musical, evocativo da vida àrdua dos Avieiros, com intervenção da Orquestra Típica Scalabitana, Côro do Círculo Cultural Scalabitano, Veto Teatro Oficina, Departamento de Dança do CCS e Sala D`Armas do CCS , com participação especial e colaboração da Banda Filarmónica da Sociedade Instrução e Cultura Musical da Gançaria, Rancho Foclórico do Bairro de Santarém, Grupo Académico de Danças Ribatejanas, Rancho Foclórico do Vale de Santarém e Rancho Foclórico de Benfica do Ribatejo.
Texto e Encenação de José Ramos, Poemas de Luís Nazareth Barbosa.
Em Dezembro no Teatro Sá da Bandeira :
Dias 12, 13, 19 às 21:30h 14 e 21 às 16.00h
Bilhetes à venda na sede do Círculo Cultural Scalabitano e, nos dias dos espectáculos, no Teatro Sá da Bandeira.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Carne "quase à alentejana"

Uma variação ao carismático tradicional prato alentejano, que fica mais leve... mas não menos gustosa!
Fica a sensação de uma fusão de Carne de Porco à Alentejana com Amêijoas à Bolhão Pato, de sabor leve mas aromatizado!
(foto)
400 g de carne de porco (rojões) 1 kg de ameijoas 1 cebola grande 2 dentes de alho Salsa fresca Louro Azeite Orégãos
Sal Pica-se a cebola, alho e salsa, um fio de azeite no fundo de um tacho grande, e deixa-se refogar com as folhas de louro, em lume brando. O refogado deverá ficar com uma corzinha verde, e a cebola bem alourada.
Com a cebola bem refogada, mete-se a carne e tempera-se com sal e orégãos. Mete-se água no tacho quase até tapar a carne e deixas-se tapado a deixar estufar.
Quando a carne já tiver ganho alguma cor, metem-se as amêijoas por cima da carne, deixando ficar em lume brando e sempre tapado, para as amêijoas abrirem. De vez em quando dar a volta ao tacho, de preferência sem destapar.
Enquanto a carne apura, há tempo para preparar o acompanhamento: batatas fritas aos quadrados, tal como manda a tradição do prato que deu inspiração ;)
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Antes de servir o prato principal, prepare o estômago com umas fatias de pão saloio barradas de queijo amanteigado, para abrir o apetite!
Servir acompanhado de vinho maduro tinto e quente, ribatejano ou alentejano, uma boa companhia e uma selecção musical para dar o ambiente , e o serão será uma delícia...e o prato também!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

tudo se "áute-sórça"! (ou, outsourcing para tudo)

Se o emprego "para toda a vida" está em vias de extinção, a própria contratação a prazo também já não é o que era… O vínculo profissional é algo que se está a tornar, no mínimo... complicado! O que era até há pouco tempo um tipo de contratação comum em trabalhos sazonais ou de período de tempo definido (obras de construção civil, etc.) - a sub-empreitada - está a tornar-se o standard (pelo menos) para as empresas de tecnologias de informação, onde programadores e outros especialistas são contractados "à jorna", ou em termos modernos, "por projectos". Se antes, a pergunta "onde trabalhas" e "quem é o teu empregador", eram perguntas coincidentes... hoje, essa coincidência é cada vez mais rara... Hoje, és "consultor" (trolha) de uma empresa de "outsourcing" (sub-empreiteiro) que te destaca para um qualquer lugar (onde até foste contratado propositadamente para ele). Nas "grandes empresas", a proporção entre "outsourcing" e empregados efectivos é cada vez menor... ...As empresas (aparentemente) só têm a ganhar com isto: - Deixam de ter problemas em encontrar os candidatos ideais, que chegam já "filtrados"... - A empresa não precisa de alargar o acesso a recursos, direitos e privilégios que vigoram agora nos estatutos da empresa a esta massa laboral que lá trabalha; - Nunca terá problemas de falta/atraso de pagamento de ordenados, negociação de regalias, etc... "lavam as mãos" de qualquer confusão contractual com o empregado; - Quando já não precisar deles, dispensa-os sem qualquer problema nem pena; - Pressupondo sempre contractos a 1 ano: Primeiro és "a termo" na "de outsourcing". ao fim de 3 anos, sais da "de outsourcing" e és contratado pela empresa onde efectivamente estivestes a trabalhar no último triénio. Se for esse o caso ficas "a termo" por mais 3 anos. Será que no fim deste tempo ficarás efectivo? Na prática, deu-se a volta à lei e, para se efectivar numa empresa, o "tempo" para que isso aconteça, duplica...

...Para quem efectivamente trabalha, há alguma vantagem? Não vejo assim tanta... Trabalhamos numa empresa mas não pertencemos a ela... não temos nenhum dos direitos adquiridos desta, mas as obrigações são as mesmas... os superiores descartam-se das obrigações, só se preocupam com trabalho... e