sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Beatriz Costa - Uma Mulher Admirável

O Círculo Cultural Scalabitano, apresenta este ano, um grande espectáculo Musical interactivo“BEATRIZ COSTA - Uma Mulher Admirável!”, com o CORO do CCS, Orquestra Típica Scalabitana, Academia de Dança, Veto Teatro Oficina e parceria com Conservatório de Música de Santarém e Sociedade Recreativa Operária (Danças de Salão).
Numa homenagem a Beatriz Costa, ícone nacional, salienta-se a Mulher e a Artista - as suas origens sociais, o seu percurso artístico, social e intelectual.
A sua grandeza de humildade e filantrópica. E como disse Jorge Amado: "... jamais traiu suas origens, jamais renegou o suor do pai camponês, jamais deixou de ser a igual dos mais pobres e dos mais explorados, jamais abandonou sua condição inicial, tem sido com ela solidária a vida inteira."
Texto e encenação de José Ramos, coreografia de Encarnação Noronha, direcção musical dos maestros João Manuel Pinote e António Matias e poema original “Ode a Beatriz” de Maria Ivone Carrolo.
Informações e Reservas :
- 243.321.150
- circuloscalabitano@gmail.com
- no Círculo, Rua Maestro Luís Silveira, n.º4, Santarém
Neste espectáculo vai também ser realizada a primeira apresentação pública do Atelier de Tango Argentino do Círculo Cultural Scalabitano, com uma demonstração de Tango Argentino, que será feita juntamente com a apresentação do Atelier de Ballet! :D
Datas marcadas:
26 de Fevereiro 21:30
27 de Fevereiro 16:00 e 21:30
4 de Março 21:30
5 de Março 16:00

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Touradas

Se alguém me pergunta a minha opinião sobre as touradas, não hesito em dizer que sou "a favor"... mesmo não sendo um grande "afficionado", sou a favor das mesmas, por tudo aquilo que são e representam... mas acima de tudo, porque ser pró-tourada é, antes de mais, um acto de ECOLOGIA. Só alguém que não vê para além da praça de touros é que não entende isso!

Para se "ser" touro de lide, há um percurso não inferior a 4 ANOS DE VIDA PURA E SELVAGEM, com os pastos mais cuidados, num ecossistema único (por exemplo) na Lezíria do Tejo ou na charneca do Sorraia... só passado esse tempo é que esse animal conhece o que é um espaço fechado...

...É certo que os 15, 20 minutos na praça são violentos, bárbaros até! (ou será que o são? será que não são apenas a demonstração maior do respeito pelo homem à natureza, que faz um verdadeiro arraial majestoso, "apenas" por uma meia-dúzia de animais?) Após essa "festa", muitos destes animais voltam a conhecer o que é o campo e por lá se deleitam com uma vida, selvagem e pura...

...Porque quem é contra as touradas, é também contra a campina, a lezíria, os montados, as raças bovinas de cabrestos e de touros de lide (porque sem tourada, quem é que quereria um animal daqueles???), dos cavalos...

...é contra as tradições e os valores das pessoas e das gentes que lidam com animais, dos campinos, dos moços-de-forcado, dos toureiros, das praças de touros... até conta o vendedor de queijadinhas de Sintra que nos mata a fome no dia das lides!

Por tudo isto e muito mais, pensem só numa coisa: será preferível ser um "touro de lide" que vai 20 minutos para uma praça, depois de 4 ou 5 anos no mundo selvagem......ou é preferível ser uma "vaca-de-leite" que é chupada e esmifrada todos os dias, é-lhe retirado os vitelos à nascença, só conhecem as quatro paredes do curral e a manjedoura à frente, de onde comem mais ração processada que feno e erva e pasto verde, onde a luz do sol raramente entra a não ser por uma nesga distante?

Tirem as vossas conclusões...

Mais curioso é ver como toda a recente actividade anti-tourada teve um efeito curiosamente inverso: Toda esta publicidade gratuita das demonstrações destes grupos e das suas manifestações desconexadas da realidade, fizeram com que as touradas voltassem a estar "na moda"... não só aumentou o número de espectáculos e os preços estão cada vez mais acessíveis... Ao que o público respondeu com entusiasmo! Nunca as touradas no passado recente tiveram tantos aficionados, nem tantas praças cheias, nem o protagonismo que já estava em declínio! O culminar de tudo isto foi, para mim, a preservação de uma tradição que ainda subsiste em algumas regiões do país: a legalização dos touros de morte...