terça-feira, 31 de março de 2009

Sabes que andas a dormir quando...

...Ao fim do dia, quanto chegas a casa e tiras a roupa de trabalho, e te apercebes que de manhã te vestiste por cima do pijama e andaste assim o dia todo...

sábado, 28 de março de 2009

Best Of Festas de São José 2009 - Santarém

Aqui vai um "best of" das festas, publicado pela TVTejo.com ... Achei curioso este jovem canal ter basicamente tirado folga no dia 21... A julgar pela inexistência de referências quer à Mafalda Veiga, quer à Gala Equestre onde a Orquestra Típica Scalabitana fez um espectáculo memorável, sendo acompanhada de cavalos, campinos, touros, forcados e outras surpresas, num espectáculo que foi bastante impressionante e muito bem conseguido! Mas pronto, o repórter deve ter ficado a ver o jogo e esqueceu-se... O canal é um canal jovem... mas não é desculpa! Nem sequer tiveram em atenção o cartaz das festas. enfim... Melhor ainda é ver o que é o melhor das festas... ...o melhor de Santarém é... (vide a partir do minuto 6:28)

sexta-feira, 27 de março de 2009

educação: uma perspectiva interessante

Encontrei esta entrevista no Público, que achei bastante interessante... os meus comentários deixo depois da entrevista.
Entrevista com Aldo Naouri
"Os maus pais são os que acham que a criança tem direito a tudo"
25.03.2009 - 08h41 Bárbara Wong
Já está reformado, mas antes de ter deixado o exercício da pediatra ainda observou os netos de uma das suas primeiras doentes, orgulha-se. Sabe dizer “não tenhas medo” em 48 línguas, tantas quantas as nacionalidades de doentes que recebia no seu consultório, em Paris. Escolheu ser pediatra porque acreditava que não ia lidar com a morte. Enganou-se. Agora dedica-se à escrita de livros.
Em Educar os Filhos: Uma Urgência nos Dias Que Correm, publicada pela Livros d´Hoje, defende uma educação sem relações democráticas, onde as crianças são postas no seu lugar, que é o de obedecer sem questionar. Eles não têm direitos, porque não são o centro do mundo. Conservador? “Sim, mas no bom sentido da palavra”, admite.
Defende que os pais são muito permissivos e que devem exercer mais a autoridade. Como é que chegou a essa conclusão?
Quando os bebés vêm ao mundo, passam por um processo muito violento que é o da expulsão do corpo da mãe. Desde o primeiro dia que os pais procuram ajudá-los a adaptar-se e quando o bebé chora, a resposta dos pais é imediata na procura do seu conforto. Os pais acorrem imediatamente e o bebé compreende-o. O que defendo é que o bebé precisa de regras desde cedo, porque se estas não lhe forem ensinadas, ele permanecerá um bebé para o resto da vida.
Não é um cenário exagerado?
Não. A sociedade será constituída por indivíduos que estão centrados sobre si próprios, para os quais as regras e os outros não interessam. O problema da educação é não é só de cada uma das famílias, mas diz respeito directamente a toda a sociedade.
É por isso que defende que uma ordem, dada pelos pais, não deve ser explicada, mas executada?
Os pais e os filhos não estão no mesmo nível geracional, entre o pai e a criança a relação é vertical. Ao educarmos a criança, queremos elevá-la, fazê-la ascender ao nosso nível, ou seja, partimos do bebé para fazermos um adulto. Quando damos uma ordem e a explicamos, a relação vertical torna-se horizontal porque permitimos à criança que possa negociá-la. No entanto, ela precisa de saber que há limites.
Mas se aplicarmos este princípio, não estaremos a criar adultos sem pensamento crítico, que executam ordens sem perceber, nem contestar?
Este é um conceito que deve ser aplicado em qualquer idade: os pais dão a ordem e a criança executa. Claro que a ordem pode ser explicada, mas só depois. Dizer “não” a uma criança é como o parapeito de uma ponte, em cima da qual ela se encontra. Se não houver esse parapeito, a criança cai para o vazio e nenhum pai quer que isso aconteça. O “não” é uma protecção.
Os pais nunca pedem desculpa, nem mesmo quando erram ou são injustos?
Nunca! Os pais nunca pedem desculpa. Devem falar com firmeza e ternura. Nunca temos de nos justificar, nem de dar argumentos à criança. Podemos explicar, mas não justificar. O limite entre ambas é ténue, por isso defendo que na maior parte das vezes nem se explique.
O modo como os pais educam, por vezes, não é em reacção à forma como foram educados? Ou seja, eles tiveram pais rigorosos e autoritários, logo, são mais democráticos?
Justamente, quando os pais se tornam pais, por vezes, recordam que há algum ressentimento em relação aos seus pais e não querem repetir, nem querem que os seus filhos o sintam mais tarde. O que digo a esses pais é que as crianças estão condenadas a amá-los, porque foram eles que as educaram. É inútil entrar no jogo da sedução, esse é que é perigoso. Quando dizemos “não”, estamos a impor limites, estamos a dizer à criança: “O teu percurso é por cima desta ponte e esta tem parapeitos para que não caias à água.” Se os pais disserem “não” com tranquilidade, a criança não vai contestar.
Não haverá uma altura em que a criança quer espreitar por cima do parapeito ou pôr-se em cima dele?
A criança vai querer abanar a ponte, transgredir para ver se a ponte é sólida. Essa transgressão vai ajudá-la. As crianças são extremamente sensíveis aos limites, porque têm medo. A autoridade não é nociva, porque dá-lhes boas indicações sobre como é que devem seguir o seu percurso.
Por isso defende que é preferível educar as crianças de uma forma ditatorial a uma democrática?
Os pais são permissivos porque a ideia da democracia e dos direitos está muito espalhada. Ao criar as crianças de um modo ditatorial e autoritário, estas vão aprender a reprimir. A partir desse momento, compreendem que os outros também existem e, no futuro, serão democratas. Mas, se os criarmos em democracia, como se fossem iguais aos pais, vão crescer centrados sobre si mesmos, vão crescer como fascistas. O que é um fascista? É um indivíduo que pensa que tem todos os direitos.
Os pais têm mais direitos do que os filhos?
Hoje os pais procuram o prazer da criança e devia ser ao contrário. Os pais têm mais direitos, mas também mais deveres. O direito de saber o que é que lhes convém e às crianças e o dever de o impor à criança.
Não é isso a ditadura?
Não! Não é ditadura, mas autoridade. Se os pais continuarem a dar todos os direitos à criança, começam a pedir-lhe autorização para sair à noite, para fazer esta ou aquela compra. Em França, 53 por cento das decisões sobre que produtos comprar são decididas pelas crianças. Alerto para o risco de estarmos a criar tiranos.
Que tipo de adultos estamos a criar?
A mensagem do marketing insiste na importância dos filhos, o que paralisa os pais. A mensagem tem como objectivo aumentar o consumo. E estamos a criar crianças tiranas, autocentradas, perversas, que só pensam nelas.
São crianças que não sabem reagir à frustração? Que efeitos pode a actual crise económica ter sobre elas?
A crise económica é já um resultado de uma educação irresponsável.
Isso significa que as duas gerações anteriores já foram educadas nesse paradigma de que a criança é o centro do mundo?
Sim. As coisas começaram a mudar a partir do momento em que entrámos numa sociedade de abundância. Antes disso, dizíamos: “Não se pode ter tudo.” A partir dos anos de 1955/1960, passámos a dizer: “Temos direito a tudo.” A partir desse momento, começou a crescer a importância do “eu, eu, eu”.
Sempre pensou assim, ou, à medida que foi envelhecendo, foi mudando?
As crianças vão ao meu consultório e não têm problemas. Porquê? Porque trato rapidamente desta dimensão da educação com os pais. Quando estes falam com outros pais, recomendam-me: “Vai falar com Naouri.” E eles vêm. Preciso de duas ou três consultas para resolver os problemas com eles. Porquê? Porque dou este tipo de explicações.
Quais são as principais queixas dos pais?
Falta de disciplina, mau comportamento, desobediência nas horas de comer, tomar banho ou de dormir. Os pais pedem socorro, porque não conseguem reprimir as pulsões das crianças. Seja uma criança de um, três ou sete anos, procedo sempre do mesmo modo. Falo com os pais, escuto o que se passa, agradeço à criança por me ter vindo ver e ter trazido os pais e digo-lhe ainda que me vou ocupar dos pais. Em 80 por cento dos casos, as coisas ficam em ordem.
Como é que os pais sabem que são bons pais?
Os bons pais são os que permitem à criança poder desejar. Os excelentes não existem. Todos os pais têm defeitos, os maus são os que acham que a criança tem direito a tudo.
Qual é a sua opinião sobre as novas famílias, as monoparentais, as homossexuais, as divorciadas que voltam a casar... Podem ou não ser boas educadoras?
Em nome do egoísmo pessoal tomamos decisões que são prejudiciais para as crianças. As crianças filhas de pais divorciados divorciam-se mais rapidamente. As crianças de famílias monoparentais são crianças sós. Quanto aos casais homossexuais, a criança é como que um produto. Temos direito à felicidade, à saúde, a tudo o que queremos e também a uma criança. Isso é desumanizante.
Deviam existir escolas de pais, para estes aprenderem a educar?
Pessoalmente acho que a escola de pais vai ainda paralisá-los mais. Eles recebem demasiadas mensagens, algumas contraditórias e que paralisam. Defendo que os pais devem ser pais, que não tenham medo de o ser e de ter confiança. Se assim agirem, saberão o que fazer.
Disciplinas como Educação para a Cidadania ou Educação Sexual são necessárias?
Tudo é necessário. A função da escola não é educar, a educação deve ser dada nos três primeiros anos de vida, pelos pais. A escola faz isso como paliativo, mas não chega, porque a educação é um problema e responsabilidade dos pais.
Porque é que os pais não são mais firmes? Porque têm medo que os seus filhos os deixem de amar?
As crianças olham para o mundo como os pais o apresentam. A firmeza, quando é usada, vai passar a ser uma dimensão natural do mundo. Por vezes, as coisas não são perfeitas e é preciso gastar mais energia e mais tempo, mas os pais devem manter-se firmes, sem nunca esquecerem a ternura.
No seu livro afirma que as crianças não têm direitos. Porquê?
Explico no livro que quando a França tencionava assinar a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, os especialistas reunidos pelo Governo, entre os quais eu me encontrava, recusaram a sua assinatura porque é um documento que não se adequa ao contexto europeu, porque são só direitos, sem enunciar qualquer dever, o que leva ao laxismo. No entanto, o Governo já a havia assinado.
Mas há crianças europeias que vivem na miséria, são vítimas de abusos e de maus tratos. Não precisam de ter direitos?
São poucas as que vivem essas situações. É importante sublinhar que o direito mais importante a que a criança tem direito é à educação. É curioso verificar que "educar" e "seduzir" são construídas a partir da mesma palavra do latim "ducere", que quer dizer, "puxar para si", "conduzir", o que deu "ducare", "educar". Mas "ducere" parte do radical "dux" que quer dizer "chefe". A ideia de chefe ou do exemplo que dele se destaca. Ora "seducere", é exactamente o contrário, é colocar de parte o exemplo do chefe. Educar implica impor à criança um constrangimento ou uma privação que faça sentido em si. E que não é para ter efeito imediato, mas a longo prazo.
Em consultório, já houve pais que discordaram consigo e deixaram de o consultar?
Há pais que ficam chocados com o que digo. Não posso fazer nada. Pelo meu consultório passaram pessoas de 48 línguas diferentes. Quando vejo alguém pela primeira vez cuja língua materna não é o francês, pergunto como é que na sua língua se diz "não tenhas medo" e transcrevo foneticamente. Sei em chinês, grego... E quando pego na criança digo-lhe "não tenhas medo". À criança digo pouca coisa, trato-a com ternura e ela sente-a. Mas falo sobretudo com os pais. O que é surpreendente é a rapidez com que os pais recuperam as suas capacidades de educadores. Falo com eles e é como se se encontrassem e se sentissem autorizados.
Já foi acusado de ser de extrema-direita?
Sim, por uma imprensa que recusa totalmente a possibilidade de educar. Digo que são pessoas que não sabem nada de educação, que me acusam de fazer muito barulho e de querer impor um modelo e de dar uma ideia de catástrofe. Mas é preciso chamar a atenção para os perigos de uma educação permissiva. Contudo, a maior parte das reacções, as centenas de cartas e de e-mails que recebo são de pais que me agradecem.
E os investigadores e outros autores estão de acordo com as suas ideias?
A maior parte está de acordo. Os psicanalistas que conheço, excepto, dois ou três, dizem que o meu trabalho é excelente e necessário.
Os pediatras devem ser mais do que médicos que fazem diagnósticos?
Antigamente, os pais pediam aos pediatras: Faça tudo para que o nosso filho não morra e que tenha uma boa saúde. Agora, pedem-nos para colaborar com eles na educação. Mas os pediatras não sabem responder e é uma pena.
Não sabem responder porque falta formação nessa área?
Sim, há 60 anos que a pediatra continua a ser ensinada da mesma maneira. Os estudos deviam preparar os pediatras para saber responder a todas as dúvidas educacionais dos pais. Um dos problemas da pediatria é que as palavras “pai” e “mãe” não existem e os médicos só conhecem as palavras “bebé” e “criança”.
Os pediatras deveriam ter mais conhecimentos de psicologia e pedagogia?
Absolutamente. Os pediatras deviam perceber que os pais quando têm problemas com o comportamento dos filhos não querem ir falar com um psicólogo, mas com o médico que acompanha os seus filhos. É preciso mudar. Eu estudei psicanálise, mas também antropologia, sociologia, linguística. Fui-me formando e os meus colegas pedem-me para falar com eles sobre estes temas porque percebem que têm essa dificuldade.

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É curioso ver como alguém que defende a autoridade é logo apelidado de extrema-direita, esquecendo-se que um dos princípios democráticos da democracia é a autoridade e a aceitação da mesma... Tudo o que é contrariar é mau, tudo o que é "pôr nos eixos" é radical. O resultado está à vista, neste mundo de total liberdade desrespeito por tudo e por todos.
Destaco algumas frases:
"Antes disso, dizíamos: “Não se pode ter tudo.” A partir dos anos de 1955/1960, passámos a dizer: “Temos direito a tudo.” A partir desse momento, começou a crescer a importância do “eu, eu, eu”. "
Pior do que o "temos direito a tudo", é mesmo o"temos direito a tudo, não interessa quem é que atropelamos pelo caminho e o que estragamos para o ter"... Isto não é a liberdade, é do mais maquiavélico que pode haver!!!
"A crise económica é já um resultado de uma educação irresponsável. "
De facto, apenas estamos a colher os frutos do que os nossos antepassados deixaram... Não quer dizer que o tenham feito intencionalmente, as mudanças sociais são mesmo assim, nem todos estão capacitados para a mudança e a fazerem transmitir... Se na altura para eles foi bom, é pena que, na tentativa de evitar que passássemos pelas mesmas privações que sofreram, não tenham sido capazes de nos dar o entendimento da conquista da liberdade a quem já nasceu nela. É como pensar num mundo sem electricidade, telemóvel, televisão... Podemos pensar nele, embora não o consigamos "sentir". E acredito que é essa falta de sentimento que todos sofremos hoje. Temos a liberdade como garantida, quando ela é algo que cada vez mais nos escapa. Falta-nos conhecer a noite, para sabermos quão bom é o dia... Mas porque não conhememos nem sequer o lusco-fusco, nem a conseguimos ter uma ideia do que era a noite...
"A função da escola não é educar, a educação deve ser dada nos três primeiros anos de vida, pelos pais. A escola faz isso como paliativo, mas não chega, porque a educação é um problema e responsabilidade dos pais."
Os pais, quer pelo seu ritmo de vida, quer pela forma como não encaram a paternidade como deviam, preferem ser facilitistas e optar pela via fácil do "dar-lhes o que querem" ou "despachá-los" para algum lado, resolvendo o problema de forma rápida... não entendendo que com isso estão a adiar um problema que só se agrava com o continuar dessa política.
Depois, exigem das escolas que façam esse trabalho que já devia ter vindo de muito antes, já com 6 anos, já com essas manias todas instauradas e bem vincadas... ainda por cima sem lhes dar a autoridade para assumir essa responsabilidade que impõem! As escolas são simplesmente o "armazém dos putos", que os pais não aprenderam a controlar quando deviam... Depois pede-se respeito, educação, ética, seja o que for a estes "jovens"... mas eles simplesmente não sabem o que isso é, logo, são palavras vazias!
Esta história do "Não" sem explicação é algo que revolta muita gente, mas todos se esquecem o intervalo temporal onde ele se aplica. Quando se diz a uma criança "NÃO" sem conversas não é a alguém com 15 anos, é com um ano, dois ou três anos! É quando ele começa a mexer onde não deve ouvir um claro NÃO para perceber que está no limite! Se há pais que dizem "não consigo que ele vista o bibe para ir para o infantário"... é obvio que quando chegam à escola não respeitam os professores nem colegas, ou quando chegam a adultos respeitem as autoridades (policiais, profissionais, sejam qual for), nem a ninguém, nem a eles próprios: nunca aprenderam a noção de autoridade! O que se confunde é liberdade com anarquia!
E para se ser bom líder, bom cidadão, boa pessoa...é preciso que se tenha sido bem liderado... mas todos estes princípios têm que ser cultivados a partir do "berço"!

terça-feira, 10 de março de 2009

relato de uma integração...

Três semanas passaram desde que iniciei esta nova aventura laboral... deixo aqui o relato de como tem corrido a minha integração e acolhimento:
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A demonstração de uma vontade tão vigorosa para que eu começasse quanto antes, fez-me crer que havia realmente uma vontade de integração rápida e um "mãos à obra" num curto espaço de tempo. A previsão da minha chegada com semanas de antecedência também me fez pensar que o meu acolhimento e material já estavam organizados... pelo menos houve tempo de sobra para isso!
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Chegado à empresa, fico a saber que quem ficou responsável pela minha integração está de atestado... e não há "plano B"... restou-me andar "a reboque", a vê-los mexer em coisas, mas de tal forma atarefados que não havia tempo de me explicar nada... Mesmo com a minha chegada anunciada, nem PC, nem conta de e-mail, nem sequer utilizador do sistema! Não existindo um "utilizador geral" nem "utilizador de formação", nem colegas que me pudessem fazer integração, mandam-me para casa mais cedo... E assim foi a primeira impressão, que demonstra uma exemplar organização e planeamento...!
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Não havendo muito que fazer, não havendo pessoas disponíveis, sem possibilidade de acesso a documentação (nem sequer em papel), fui destacado para apoiar a instalação de um cliente... A máquina efectivamente mexia, havia lá uns elementos a passar,... mas por muito boa vontade que tenha, não podia fazer muito... restou-me olhar, observar, contemplar... Esta situação manteve-se na segunda semana, onde acabei por ficar lá praticamente o tempo todo a "contemplar" uma máquina de última geração a laborar...
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Ao final da segunda semana (mais precisamente, 6ª às 17h): JÁ TENHO PC! Fixe!!! ou não... metade das ferramentas que fazem parte da minha função não estavam instaladas.
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Para a terceira semana havia FINALMENTE acolhimento planeado. Iria passar em cada um dos departamentos da empresa. As sessões de uma hora foram bastante úteis, para se conhecer os "meandros" do que se faz por aqui... a distribuição de horário é que não podia ser mais dispersa... mas ao menos, houve tempo para "contemplar" e "reflectir" sobre elas... tal intervaladas elas eram!
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Em relação às ferramentas de software que são precisas para as minhas funções assisto a um diálogo curioso:
Informático:
"Para instalar a ferramenta é preciso que ele tenha tido formação , depois de obter o certificado é que tenho autorização para instalar o software... "
Ao que o Formador responde :
"Para lhe poder dar formação, é preciso que ele tenha a ferramenta instalada..."
E nesta "pescadinha de rabo-na-boca" onde ninguém cede, fico eu sem acesso à ferramenta e sem poder trabalhar... boniiiiiiiiiiiiiiito não é?
Chegada a 4ª semana, começo finalmente a mexer em alguma coisa... Mas sem bases nem fundamentos, não adianto praticamente nada, sendo todo o meu trabalho replicado por outro(s), para que seja validado...
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Com uma integração destas, estou praticamente ao mesmo nível da primeira semana em que aqui cheguei. Não mexi em nenhuma das ferramentas, não adquiri conceitos inerentes à minha função, a formação relacionada com o meu posto é praticamente inexistente... Continuo praticamente sem conhecer a minha equipa (andam todos "fora do escritório"), não conheço o âmbito do meu trabalho, nem as ferramentas que vou manipular... e, mais grave ainda, não sei afinal qual vai ser a minha função no meio disto tudo...! Até agora, é apenas uma névoa que, em vez de se dissipar, apenas se torna mais densa!